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FONTE INESGOTÁVEL DE PRAZER...

Segundo Freud, "é impossível para os seres humanos renunciarem a uma fonte de prazer, uma vez descoberta", e certas fontes de prazer, tem custado caro demais para muita gente, graças a visão pequena da vida, do imediatismo dos desejos, dos sonhos mais loucos que desejam transformar em realidade na base do "custe o que custar".

Em nome dessa "pseudo-felicidade", as pessoas se humilham em relacionamentos degradantes, sofrem dores morais e fisicas para buscarem um reconhecimento duvidoso, sacrificam-se em nome de alguém que imaginam amar e seguem cegamente fazendo coisas erradas, se embriagam, se drogam, se prostituem, vendem literalmente o corpo e a alma em troca do que chamam "realização", enquanto a dor não vem visitar de maneira violenta, forte, marcante, para poder mostrar o verdadeiro caminho.

Fonte de prazer real é aquela que nos leva a uma tranqüilidade perene, que não acaba, que não prejudica ao nosso vizinho, ao nosso próximo e não fere a nossa consciência.
É amar e ser amado, é doar-se sem medo para uma boa causa, é trabalhar feliz no cargo que for, é ser amigo sempre, mesmo que nos traiam, é ser fiel por acreditar na sua própria dignidade, é ser bom ouvinte, é não querer ser além do que é e nem fazer além das suas possibilidades, é chegar na sua casa, por mais simples que seja e sentir-se em um lar.

Fonte real de prazer não é um bom parceiro sexual, nem possuir alguém, muito menos ter o carro do ano da garagem da grande casa, nem invejar quem possui tudo isso, mas saber que as suas conquistas são frutos do trabalho digno, e que os bens materiais são coisas passageiras, que vão realmente enferrujar, se desgastar e um dia vão acabar.
Saber que o espírito é eterno e as suas conquistas morais, essas sim, fontes inesgotáveis de prazer, sao a própria eternidade, e são visíveis na sua vida todos os dias pelo número de pessoas que te agradecem pelo que você fez sem esperar nada em troca, pelos aflitos que você socorreu e eles nem sabem o seu nome, pelos doentes que você segurou nas mãos e mal sabe o nome deles, pelos erros que cometeu e pediu perdão e pelo perdão que soube oferecer na hora certa, pelo simples fato de deitar e dormir todos os dias o sono dos justos, com aquele sorriso que muitos desconhecem e que os anjos chamam de paz transformam a sua existência em preciosidade.

Paz, fonte inesgotável de prazer dos que descobriram no amor a fórmula de viver com equílibrio e justiça, todos os dias.

(Paulo Roberto Gaefke)

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